Este livro é o testemunho da feliz redescoberta de Georges Canguilhem pelos historiadores. Ele não pretende comodamente encontrar um lugar para a obra de Georges Canguilhem nas correntes historiográficas do século XX. Ao contrário, ele busca questionar os lugares comuns historiográficos e a própria ideia de história da historiografia como distribuição e atribuição de obras e autores a lugares. Para Tiago Santos Almeida, a extensão do espaço historiográfico não se restringea ou coincide com certa identidade assegurada pela inscrição institucional de um ofício.É precisamente essa identidade o que está em jogo neste livro, na medida em que ele busca interrogar o pensamento historiográfico do século XX a partir de sua exterioridade, a partir de uma análise rigorosa e minuciosa da obra inédita e publicada dessa figura intelectual que os historiadores sempre localizaram no exterior de sua disciplina. [...]