Depois de participar da Primeira Guerra Mundial, o jovem Larry Darrell retorna para sua confortável vida em Chicago. Porém, abalado pela dura e sangrenta experiência da guerra, ele deseja algo além de um bom emprego, de uma bela noiva, de alguns amigos influentes e do vácuo espiritual do seu meio. Darrel quer buscar outro propósito na vida, afora "semear e morrer". Para encontrar uma resposta à sua angústia existencial, rompe com tudo e parte pelo mundo para buscar a si mesmo. Como afirma o ficcionista, poeta e crítico de arte Fernando Monteiro, autor do prefácio, O Fio da Navalha é a história de uma ascese no meio profano da burguesia americana." Magistralmente narrado por Maugham, em vez de simplesmente expor os detalhes da busca do sentido da existência e do desenvolvimento espiritual de Larry Darrell, O Fio da Navalha revela o caráter do protagonista pela análise do comportamento contrastante dos demais personagens, adeptos de um estilo de vida convencional e predominantemente materialista. Segundo Fernando Monteiro, O Fio da Navalha pertence a um tempo em que os "Romances eram lidos por pura paixão... não pretendiam ensinar nada de prático, não prometiam nenhum tipo de compensação imediata na vida, nenhum consolo barato.