Com audaciosa imaginação e brilhantismo lírico, Rana Dasgupta pinta um retrato do século XX por meio da história de um cego centenário. No primeiro movimento de Solo, conhecemos o búlgaro Ulrich, filho de um engenheiro ferroviário. Ele tem duas grandes paixões: o violino e a química. Rejeitado pelo pai, Ulrich vai à Berlim de Einstein para estudar com Fritz Haver. Porém, quando a fortuna da família evapora, ele tranca o curso e volta a Sófia para cuidar dos pais. Ulrich nunca mais deixa a Bulgária, exceto em seus devaneios - e são estes os sonhos que conhecemos no volátil segundo movimento do livro. Em um salto radical do passado para o presente, da vida vivida para a vida imaginada, Dasgupta segue com a fantasia infantil de Ulrich, nascido do comunismo, mas trilhando seu caminho no mundo pós- -comunista marcado pelas celebridades e pela violência. Entrelaçando ciência e desgosto, o velho e o novo mundo, o real e o imaginário, Solo anuncia a voz de um virtuose da literatura.