Na sequência dos sacramentos, a Unção dos Doentes ocupa o quinto lugar, encerrando o conjunto dos cinco que dizem respeito à perfeição do homem. Os outros dois - a Ordem e o Matrimónio - dizem respeito à perfeição da sociedade. No interior dos primeiros cinco sacramentos, a Unção dos Doentes constitui um subgrupo com a Penitência, os sacramentos da cura. A Unção é a perfeição ou complemento da Penitência. Se pela celebração do sacramento da Penitência as feridas do coração são saradas e não deixam cicatrizes, pela Unção dos Doentes (Extrema-Unção) o cristão é purificado dos restos do pecado que o mantêm fragilizado e cativo do medo que a doença grave representa. Neste sentido a Unção é o sacramento do conforto e da consolação. A partir do séc. IX, generalizou-se a compreensão da Extrema-Unção como o sacramento dos moribundos e, neste sentido, fazia parte dos sacramentos da iniciação escatológica e daí a designação de Extrema-Unção. Hoje a compreensão do sacramento orienta-se mais no sentido de o ver como Unção dos Doentes (e até das pessoas muito avançadas em idade). A doença aqui considerada é a que representa uma ameaça mortal e assim a dimensão escatológica continua presente. O sacramento da Extrema-Unção/Unção dos Doentes é o sinal sensível da solicitude divina e eclesial por aqueles que sofrem, levando-lhes o conforto da comunidade, que reza por eles.