No dia 17 de abril de 1996, ocorreu uma marcha pacífica do MST Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que tinha como objetivo reivindicar a situação trabalhista daqueles presentes e as leis impostas sobre terras já naquela época. A marcha ocorreu no Pará, no município de Eldorado do Carajás, quando ainda no evento a polícia foi chamada. Em uma ação desastrosa e, ao que parece, deliberada, os policiais reagiram com truculência desproporcional, matando dezenove trabalhadores e deixando vários outros gravemente feridos. Brilhante e minucioso trabalho de reportagem do jornalista Eric Nepomuceno, aobra compila diferentes episódios, relata os instantes de pânico vividos pelos trabalhadores e suas famílias durante a chacina, e trata também dos momentos posteriores ao ocorrido, como, por exemplo, os seguidos julgamentos cheios de decisões questionáveis, que, até o momento da publicação do livro, não tinham garantido justiça às vítimas. Passados tantos anos, aquele massacre corre o grave risco de ser esquecido. Ainda de acordo com o site do MST, os responsáveis pelo crime até hoje não foram punidos. A razão deste livro ter sido escrito, diz o autor, é soprar as brasas da memória para impedir que se tornem cinzas mortas.Relatos reais da tragédia que parou o Norte do Brasil nos anos 90. O massacre narra os fatos que antecederam uma das mais marcantes matanças da história contemporânea do país. No dia 17 de abril de 1996, ocorreu uma marcha pacífica do MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra -, que tinha como objetivo reivindicar a situação trabalhista daqueles presentes e as leis impostas sobre terras já naquela época. A marcha ocorreu no Pará, no município de Eldorado do Carajás, quando ainda no evento a polícia foi chamada. Em uma ação desastrosa - e, ao que parece, deliberada -, os policiais reagiram com truculência desproporcional, matando dezenove trabalhadores e deixando vários outros gravemente feridos. Brilhante e minucioso trabalho de reportagem do jornalista Eric Nepomuceno, a obra compila diferentes episódios, relata os instantes de pânico vividos pelos trabalhadores e suas famílias durante a chacina, e trata também dos momentos posteriores ao ocorrido, como, por exemplo, os seguidos julgamentos cheios de decisões questionáveis, que, até o momento da publicação do livro, não tinham garantido justiça às vítimas. Passados tantos anos, aquele massacre corre o grave risco de ser esquecido. Ainda de acordo com o site do MST, os responsáveis pelo crime até hoje não foram punidos. A razão deste livro ter sido escrito, diz o autor, é "soprar as brasas da memória para impedir que se tornem cinzas mortas".