Há muitos personagens compondo as histórias deste livro e, dentro de cada um, outras tantas personas tentando se relacionar e compor o que se conhece por gente. Gente como eu, como você. Gente no mundo. Nem toda essa gente que aparece aqui necessariamente tem nome e você vai ver que nem precisa. Quem é a moça que dá cambalhotas internas, para engolir as coisas presas na garganta? Ou a manca que só se locomove se tiver os passos ritmados pelo compasso de um tear? De quem é o sorriso da fotografia revelada, que tanta coisa esconde? Na boa: não importa. O que importa aqui – tenha nome ou não – são as experiências, as estranhezas da vida e a forma que cada personagem encontra para lidar com elas. E o que há de mais precioso nessas histórias é a germinação. Que não se dá apenas a partir de semente nova, fresca, intocada. Dá-se também em galhos quebrados, em terra que se acreditava seca. Em vidas minguadas. Germine-se.