Este livro, oriundo de uma pesquisa de doutorado, teve como objetivo investigar as representações sociais de um grupo de gestores escolares da Rede Pública de Ensino do Estado de São Paulo sobre o seu agir profissional. A vasta produção teórica sobre o trabalho docente atesta a importância de se investigar as representações dos professores, mas ainda são poucos os estudos que abordam o agir do gestor, na perspectiva psicossocial da teoria das representações sociais. Nesse sentido, apoiamo-nos nela e discutimos a relação entre experiência-representação-prática. A realização deste estudo abrange dois momentos: no primeiro, a formulação do corpus teórico, cujas abordagens expressam o que eles deveriam fazer, ou seja, os estudos que tratam do trabalho do gestor e das diretrizes legais que orientam o seu trabalho. No segundo, os dados foram coletados através de um questionário, envolvendo questões fechadas e abertas. Com a primeira, conhecemos o perfil dos participantes e, com a segunda, nos aproximamos das representações sociais acerca do seu agir profissional. A coleta expressou o que eles dizem fazer e o que eles dizem que gostariam de fazer. As representações dos gestores pesquisados ligam-se a um discurso politicamente correto e, foi por esse motivo que, ao final deste trabalho, decidimos recorrer a zona muda das representações. Com esta última, ficou-nos evidente que os gestores não possuem uma representação social positiva em relação aos aspectos que perpassam o seu agir profissional. Também foi possível confirmar a tese de que as contradições estão na base da profissão do gestor e orientam o seu trabalho