O que se encontrará nas próximas linhas se trata de uma rica discussão sobre os trabalhadores descartados pela tecnologia a partir de uma reflexão que conjuga aportes jurídicos e filosóficos, não sem desconsiderar a contribuição dos dados empíricos. O abalizado diagnóstico realizado demonstra não só que as relações trabalhistas, sofrendo os impactos da Revolução 4.0, se precarizaram, mas que, nalguns casos, desapareceram. O autor não encerra o seu exame, porém, assumindo uma posição fatalista; antes, num gesto de esperançar, propõe-se a realizar uma releitura do princípio da proteção , de modo que este, fundando-se numa ética da vulnerabilidade e alimentando-se na ideia de fraternidade, alcance os alijados das relações contratuais de trabalho .