Localizo meu gosto pelo cinema, posteriormente transformado em paixão, desde minha infância, quando eu e minha irmã mais velha fazíamos, como nós mesmos chamávamos, "caderninhos de filmes", nos quais colávamos cartazes, fotos de atores/atrizes e, claro, o que nos era mais atrativo, os pôsteres. Penso agora que a nossa mania de rever os que mais gostávamos devia-se ao fato, mesmo que não fosse claro para mim na época, o que cada um deles causava em nós internamente. Nesta época, lembro-me de praticamente termos decorado as falas de "Os goonies", "Indiana Jones e o templo da perdição", Curtindo a vida adoidado", "Os aventureiros do bairro proibido" dentre outros. Nesta ocasião, a infância, levava à escolha destes filmes imagino por ela também estar se perdendo com o tempo. Deparo-me até hoje com a estranheza de algumas pessoas ao perceber esta mania de rever os filmes que gosto, que, claro, permaneceu, mas o que considero uma evolução (e aqui entra o contato com a Psicologia) para filmes mais cults e reflexivos, como "Cidade dos anjos", "Brilho eterno de uma mente sem lembranças", "Beleza Americana" e outros que não poderia ter deixado de fora do livro. Com a minha notória afinidade pelos princípios da Abordagem Centrada na Pessoa, ao final do meu curso de Graduação, principalmente pelas aulas e supervisões com os professores Antônio Ângelo Favaro Coppe, Escípio da Cunha Lobo e Ana Maria Sarmento Seiler Poelman, comecei a exercer a clínica humanista de Carl Rogers, alías, a minha.