Mônica e sua turma, que já haviam aparecido como personagens de famosas obras de arte numa edição anterior da Globo, voltam a "posar" para Mauricio de Sousa em Histórias em Quadrões 2. A proposta do autor, desde o início, foi atrair as crianças aos museus, e usar a simpatia da mais querida turminha das histórias em quadrinhos para difundir o rico universo das artes plásticas. Os leitores vão se divertir com um imperial Cebolinha, como nos quadros de Jacques Louis David, ou com o Louco, na pele do Arlequim de Cézanne. Mônica e Tina aparecem nas obras de Klimt, e a turma toda está retratada em A última janta, baseado em A última ceia, de Leonardo da Vinci. Ao lado de cada paródia, na qual os personagens dos quadros ganham os traços da turma, foi colocada a reprodução da obra original. Ela está acompanhada de informações sobre o artista e sua época. Mauricio, que havia feito uma escultura de Cebolinha como O Pensador de Rodin, gostou do efeito, e neste segundo volume reproduziu outras obras em três dimensões. A partir desta ideia, fez uma série de paródias de obras arqueológicas, com Nefertite, a Esfinge de Naxos, Péricles, a Vênus de Milo. Também visita o Renascimento, com David e Moisés. A nova série volta a dar uma atenção especial à arte brasileira, com quadros de Lasar Segall ou Tarsila do Amaral: o Abaporu, por exemplo, vira a Rosinha, namorada do Chico Bento. Os Quadrões de Mauricio foram sucesso numa exposição feita na Pinacoteca do Estado de São Paulo, mostra que depois percorreu museus de todo o Brasil, com mais de 1 milhão de visitantes. A maioria era de crianças que tomavam contato pela primeira vez com aquele repertório. Aprender a história da arte é conhecer um dos mais ricos acervos culturais da humanidade, e talvez um dos menos divulgado. Mas, aprender brincando, com a Turma da Mônica como guia, é ainda muito mais divertido e estimulante.