As organizações docentes da América Latina, na primeira metade do século XX, tinham uma participação muito limitada no movimento sindical, frequentemente concentravam sua atividade em questões pedagógicas ou na prestação de serviços, tipicamente colocavam as suas demandas de forma protocolar e tinham uma frágil implantação na base da categoria. Mas esta situação mudou definitivamente: atualmente os professores de ensino básico do setor público são atores sindicais de grande peso. Os sindicatos docentes se consolidaram como organizações com demandas eminentemente trabalhistas, dispostas a confrontar com seus empregadores de forma aberta e coletiva, que baseiam a sua ação em uma rede de lideranças de base. A pesquisa sociológica comparativa que é base deste livro mostra e analisa como e por que mudaram as práticas sindicais docentes na Argentina, no Brasil e no México desde o final do século XIX até a atualidade.