Bruno Couto disse, na apresentação de seu primeiro conto publicado em coletânea, em 2012 (Tragédia nossa de cada dia, Ed. Faces), que escreve para ser entendido, para me entender, para me pôr em observação. E é com essa escrita fácil e direta que o autor nos apresenta Amarração de amor. Um livro sobre amor, sobre o que significa amar, sobre o que é ser amado quem sabe, ou principalmente sobre o que significa ser rejeitado pelo que se é, pelo outro. Ser posto de lado por ser gay e/ou pelo ente que depositamos nosso desejo amoroso. Poemas sobre o amor, mas também sobre o que é ser bicha hoje, sobre o que é ser bicha agora. Nós, as bichas. Sim, bichas. Bichas que ouvem Lady Gaga, Amy Winehouse. Que seguem David Brazil no Instagram. Sim, poemas que falam de redes sociais, apresentadores de TV, religiões HIV. Tudo que há de mais comum e banal, mas que nos permeia e nos perpassa, nos atinge, nos mata, nos ressuscita. Temas que por meio de seus poemas altamente sagazes nos conectam em (...)