A possibilidade de comparação entre as cidades de Angra dos Reis e Paraty tornou-se desejável: como a memória local se constrói? Quais seriam os ambientes valorizados nas ilhas de Angra dos Reis e no centro acorrentado de Paraty? Será que esses ambientes são usados para caracterizar as vocações turísticas das cidades? Quando nasce uma vocação turística e um ambiente vocacional? Essas são algumas das perguntas respondidas na pesquisa Entre ilhas e correntes: a criação do ambiente em Angra dos Reis e Paraty, Brasil. A investigação apresentada tem como objetivo analisar a construção da memória oficial das duas cidades do Rio de Janeiro e, principalmente, do papel do humano e do natural na composição destas memórias. Trata-se de uma análise discursiva não quantitativa. Almeja-se compreender como, dentro de determinadas narrativas, a Natureza e o Homem são expostos para a composição de um tempo passado e um tempo presente capaz de definir e reforçar sentimentos de identidades.