Como é possível a uma sociedade com um crônico déficit externo gerar processos internos de enriquecimento e, com isso, consolidar uma hierarquia profundamente desigual? Esta é uma das perguntas que Patrícia Sampaio, sem cair no fácil esquematismo da teoria da dependência, procura responder ao estudar Manaus entre 1840 e 1880. A autora faz parte da segunda geração do que hoje começa a ser nos anos de 1980, reuniu-se no Programa de história Agrária da Universidade Federal Fluminense, ao redor da Professora Maria Yêdda leite Linhares e do Professor Ciro Cardoso, com a preocupação de analisar as mudanças e permanências na sociedade rural brasileira. Uma das marcas do grupo foi a revisão crítica de alguns dos quadros explicativos presentes na historiografia nacional através da investigação exaustiva de séries documentais inéditas.