no livro o autor coloca em evidência a beleza e a poética vida camponesa. sua maneira sensata e tranquila para resolver seus problemas, pretendendo ressaltar suas virtudes na vivência fraternal e solidária base fundamental da cultura campesina, sem esquecer sua devoção pela natureza! também não poderia deixar de lado as agruras que acompanham de perto sua vida. por falta de condições e apoio não conseguiu se constituir em uma sociedade camponesa, a fim de fazer valer seus direitos, frente a classe rural organizada, onde à sombra do poder público oferece condições e meios para dominar com sua sanha devastadora o massacre dos camponeses! quando as máquinas tomaram das mãos dos lavradores seus instrumentos de trabalho e sustentação de sua família, não se preocuparam com sua sorte, deixando-os a mercê de um progresso desumano, cuja alternativa que lhe restou foi migrar para a perifeira das grandes cidades e fazer o que não sabiam se tornando párias. o livro também levanta um grande problema dos tempos modernos: o idoso se constitui no seu dia a dia um problema para a família. o progresso o ignorou deixando-o abandonado à margem da vida. o autor, como presidente durante 40 anos de uma entidade beneficente de apoio aos idosos abandonados, presenciou neste percurso muitos serem preteridos pelos seus familiares. sendo um problema de alta complexidade e de difícil solução, em consequência da transformação da estrutura familiar, necessário se faz, sentarem-se à mesa, a comunidade e o progresso, para que possam caminhar juntos, sem pisotear à justiça e o ser humano. o autor deseja neste livro prestar uma homenagem a todos aqueles que de qualquer forma contribuíram para a redemocratização do nosso país.