O TUDO, O NADA E O VAZIO, sua primeira e tardia obra literária, explode agora em sua maturidade sexagenária. Mas por que terá tardado tanto? Certamente porque, à maneira de um sábio e antigo vinho, terá deixado amadurecer, com o passar dos anos, seu paladar requintado de escritor, para então fazer ressaltar os aromas sutis de uma escritura densa e concisa e enfim poder desabrochar as nuances de um estilo encorpado e produzido a partir de finas cepas literárias. (...) Ao deliciar-me com as poesias e as prosas desta primeira obra de Wagner Carvalho Coelho, descobri um escritor de sutis metafísicas, de escondidos sarcasmos, de ironias contidas e de surpreendentes realismos fantásticos. Em síntese, descobri em Wagner um prazer incontrolável de escrever e retribuir tudo o que a vida lhe deu e continuará dando: um tudo, um nada e um vazio.