Ary Quintella, o escritor, e Mauricio Negro, o artista plástico, traduzem, cada qual com sua linguagem - verbal e não-verbal - a confusão e a clareza por que todos passam ao se descobrirem seres que existem, que desejam e que amam. Beto e Alemão, o menino e o gato, convivem, crescem, mudam, desejam e conquistam. A irracionalidade de Alemão, no entanto, deixa-o mais livre para seguir seus instintos. Ele descobre mais facilmente o caminho da conquista e do amor. Beto, por sua vez, experimenta a dificuldade e os medos da pré-adolescência mas, ao lado de Alemão, consegue perceber a simplicidade com que a natureza lida com as mudanças e as descobertas. Às quatro e meia, Alemão pulou na minha cama. Tinha subido no meu conceito. O gato era mais inteligente do que eu. Alemão e a gata misteriosa, Beto e Cris - através desses personagens, o autor, com sensibilidade e bom humor, proporciona ao leitor a oportunidade de encarar questões inerentes a seu crescimento mas que, às vezes, se mostram difíceis de lidar no dia-a-dia.