Este livro tem como cenário o bairro mais boêmio do Rio de Janeiro: A Lapa - parte de uma cidade cercada por múltiplos usos e sentidos, e lugar que se (re)inventa a partir dos novos significados que a ele são atribuídos, pelos mais diversos atores que o tomam como o espaço para construção de suas identidades e alteridades. Haydée Caruso, nos anos 2007 e 2008, dedicou-se a realizar uma etnografia sobre a "Lapa carioca", focalizando suas "lentes etnográficas" em um dos personagens mais conhecidos da cena urbana: o(a) Policial Militar. Compreender o contexto em que se dão as interações entre a polícia e seus diversos públicos, como a polícia lida com os diferentes conflitos que emergem nesse lugar e constrói suas práticas passou a ser o desafio de pesquisa. Essa abordagem conforma um campo de rica observação sobre as lógicas de administração de conflitos no espaço público e suas implicações para a experimentação da cidadania.