A partir dos anos 1960-70, as inovações tecnológicas surgiram a uma velocidade vertiginosa tal que provocaram aquilo a que alguns ousaram chamar «a revolução dos média».Por seu lado, esta «revolução» causou uma proliferação dos média «tradicionais», antes que viessem juntar-se-lhes os nascidos da digitalização e da internet. O que suscitou uma fragmentação das audiências, uma queda das receitas publicitárias de cada média e uma aceleração vertiginosa da concorrência. Com evidentes consequências na quantidade e na qualidade da informação vinda a público, nas formas de tratamento da informação e nos contornos que o jornalismo tomou.À proliferação dos média sucedeu um gigantesco movimento de concentração que os fez escapar cada vez mais a editores cuja atividade única, ou pelo menos principal, se situava no sector dos média, para entrarem na órbita de meios financeiros e industriais. As noções de liberdade da informação e de liberdade de informar, assim como as de independência da informação e de pluralismo da informação, tomaram desde logo nova acuidade. E é destes aspetos essenciais à existência de uma autêntica sociedade democrática que tratam os textos aqui reunidos.