Projectos Específicos para um Cliente Genérico são isso mesmo. Imagens de ideias e propostas de transformação desenhadas especificamente para usar por quem quiser, pondo em evidência o carácter político da produção arquitectónica, seja pela vertente da responsabilidade social (para lá da disciplina), seja pela vertente do poder mediático das imagens (como produção cultural), seja finalmente pelas estratégias do investimento e da aplicação do capital (como construção). Consubstanciados em imagens que são construções, operam ao nível da imaginação apresentando soluções a uma primeira vista desconexas, porque ilógicas ou inúteis. Talvez demonstrem que o discurso disciplinar da arquitectura é mais amplo do que nos querem fazer parecer e que não pode ficar fechado sobre si próprio, sob pena de perder a percepção do mundo.