Este livro descreve a realidade típica da aplicação do direito processual, demonstrando sua incompatibilidade com o método clássico de pensar os meios processuais. As concepções apegadas à adequação dos meios processuais frequentemente não proporcionam a melhor tutela do direito material. Pelo contrário, se apegam à ideia de que só deve haver um meio processual adequado e de que o seu conhecimento deve sempre distinguir as hipóteses em que um direito material merece ser tutelado. Essa ideia de limitação se alia ao fetiche da suposta existência constante de uma resposta correta em direito e desprovida de sentido lógico causal que é está contida na noção de que a existência de mais de um meio processual eventualmente adequado ao mesmo fim desrespeitaria os pilares do sistema jurídico processual. A limitação que esta obra descreve está na ideia de que o papel do operador do direito é apenas interpretar, mas não descrever; apenas ter uma opinião, mas não verdadeiramente pesquisar [...]