Conseguido o direito de cidadania no mundo antigo, a Igreja criou o mundo medieval, uma combinação de antiguidade, cristianismo e germanismo, caracterizada pela estreita ligação entre Igreja e Estado. Sem a exaltação unilateral do romantismo – civilização cristã – e sem a desconsideração do iluminismo – época das trevas –, o autor descreve e analisa os encadeamentos históricos que delinearam e definiram a cristandade medieval e apresenta uma visão de conjunto de seu desenvolvimento, desde a fase inicial, assinalada pela missão anglo-saxã e pela relação entre a Igreja e o reino dos francos, passando pelo ressurgimento da vida urbana no Ocidente e pela pretensão pontifícia de supremacia política e espiritual sobre a Europa, até as discrepâncias entre as exigências da Igreja e um mundo já em mudança – tentativas de reforma eclesial e formação de Igrejas nacionais, questionamento do princípio hierocrático pelo princípio da soberania do povo e pela teoria conciliar, secundados pelo humanismo e pela Renascença.