Quem acompanha pela mídia as discussões sobre a conjuntura política sabe que Murillo de Aragão é referência obrigatória na mídia brasileira. O que muitos não sabem e vão agora descobrir é que Murillo também é um excelente cronista. Logo perceberá o que os 42 textos que compõem Parem as máquinas crônicas de nosso tempo são uma notável combinação de argúcia analítica com linguajar ágil e fino senso de humor. Isso já fica evidente no quarto texto, Enquanto isso, na sala da Justiça.... Como a maioria dos brasileiros, Murillo quer desvendar o mais insondável dos mistérios brasileiros: como foi que nossa classe política se transformou numa legião de zumbis?. A hipótese que ele aventa é certeira: Brasília sucumbiu a uma dupla catástrofe, atingida por algo como a invasão de marcianos imaginada por Orson Welles ou como a explosão da famigerada usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, ocorrida no dia 26 de abril de 1986. (Bolívar Lamounier)