O que Paula Taitelbaum mostra no 'Mundo da Lua' deixaria vermelhas as mulheres nuas das capas de revista, não por algum pudor, mas porque nenhuma conseguiria expor tanto. A Paula faz de tudo na folha em branco que, para ela, é lençol. Faz poesia generosa, explícita, oferecida, até. Poesia musical, cotidiana, colorida, trabalhada, bem cuidada, bem sacana, bem acabada em todos os sentidos, o mais nobre e o menos polido do verbo acabar. Poesia com T maiúsculo, erótica e lúbrica, ou seria melhor dizer lúdica? Pensando bem, a cabeça continua se perdendo e os pensamentos não voltam tão cedo do 'Mundo da Lua'.