O presente livro rompe com a forma e os conteúdos hegemônicos do mostrar, dizer e falar da fase preliminar do processo penal (reprodutores de sentido e significado), projetando perspectivas a partir da Constituição Federal e dos Diplomas Internacionais. Ademais, mostra a realidade, mesmo que limitada, da fase investigativa, ciente da necessidade de tensionamento, na dupla via de aproximação e afastamento da concepção contemporânea do processo penal: convencional (convenções internacionais) e constitucional (Constituição Federal e Constituições Estaduais), numa perspectiva de abertura e não de fechamento, bem como de interdependência (ciências, culturas, saberes). Faz-se mister com a resistência (até menoscabo) na abordagem desta importante etapa do sistema criminal, preparatória do exercício da prestação acusatória, cujos efeitos se irradiam no processo, atingindo inclusive a fase de execução da pena. Após acurada crítica acerca das velhas práticas investigatórias, situadas em paradigma metodológico saturado, bem como do plano secundário da consideração dessa importante fase da persecutio criminis, a obra mergulha na abordagem das garantias constitucionais e convencionais aplicáveis à investigação criminal, bem como nas metodologias investigativas diferenciadas: delação premiada, agente infiltrado e encoberto, interceptações telefônicas, intervenções corporais, reconhecimentos, monitoramento eletrônico e captações visuais pelas videocâmaras.