Estava na cama há dias, sem comer, sem beber água, sem tomar banho. Foi uma das crises mais profundas que vivi. Esperava, ingênua e despropositadamente, que as coisas se resolvessem enquanto chorava as minhas mágoas ou esperava uma morte improvável. Certa madrugada, insone, como quase todas, esperando pelo que não aconteceria de jeito nenhum, ao menos como eu infantilmente imaginava, tive um lampejo de consciência: ou me levanto e vou à luta ou secarei como erva cortada ao sol, prolongando o sofrimento. Decidi me levantar, de madrugada mesmo, tomei um banho e comecei a escrever sobre o que estava passando e como poderia evitar chegar a esse ponto novamente. Eis que o meu Poder Superior me inspirou e resolvi trocar ideias com outros depressivos; um novo caminho e uma nova perspectiva surgiram dessa experiência. Esta publicação é o resultado concreto da experiência de depressivos e deprimidos que se reuniram numa irmandade, pois estavam cansados de sofrer e não saber o porquê. A (...)