Ao debruçar-se, com impresssionante solidez teórica, sobre a obra de artistas como Hitchcock, Cecil Beaton, Henry James e Degas, que escolheram a mulher como inspiração, Wendy Lesser em "Sua cara-metade" desmistifica preconceitos, demole desconfianças, dissolve julgamentos arraigados em séculos de equivocadas intepretações e lança luzes esclarecedoras, lúcidas, sobre como a arte deve funcionar: livre de falsas ideologias e de rótulos reducionistas de masculino e feminino.