Paulo VI viveu em tempos de grandes convulsões. O tormento do pós-concílio, a que não eram estranhos os protestos de 1968, transformou esse sacerdote e bispo de origens lombardas no baluarte chamado a guiar a Igreja em tempos atribulados, conservando-a unida. Montini, arcebispo de Milão, criado cardeal e valorizado por João XXIII, é eleito pelo conclave de junho de 1963 justamente para que dê continuidade ao Concílio e o conduza com mão firme. Levar a bom termo o Vaticano II, fazendo com que seus documentos fossem votados praticamente por unanimidade, foi o primeiro verdadeiro milagre de Paulo VI, em certo sentido mais extraordinário do que a cura inexplicável de um menino desenganado pelos médicos ainda no ventre materno, a qual o levará à beatificação.   Paulo VI? Sempre o releio. Foi um grande Pontífice, que soube testemunhar, em anos difíceis, a fé em Jesus Cristo. Papa Francisco