Politeísmos: As Religiões Do Mundo Antigo trata da matéria desde a pré-história neolítica, até a mitologia pré-colombiana ou mesopotâmica, passando por noções como a do culto aos mortos no Egito ou pelo surgimento da idéia de história no Irã, ou ainda pela cosmogonia da Grécia arcaica e pela função da adivinhação na Roma antiga. Sem pretender ser enciclopédico, o livro procura apresentar o que há em comum entre essas "religiões" tão diversas basicamente uma organização do mundo conforme certos mitos, ritos e sacrifícios . Dessa forma, cada cultura, período ou religião é apresentado em movimento, pois a obra procura ser mais do que um repositório de narrativas mitológicas. As religiões, desse ponto de vista, não são jamais originais, mas se manifestam como uma síntese histórica-religiosa, que deve ser compreendida como um todo, dentro de seus específicos e diferenciados contextos histórico, e cujas fronteiras são, obviamente, comuns a outras religiões. E apesar das evidentes semelhanças estruturais, como por exemplo entre o mito de Inana, na Mesopotâmia, e o de Ísis e Osíris, no Egito, ou até mesmo o de Deméter, da Grécia, o mais importante é compreender como cada um desses mitos se articula, dentro de um determinado limite cultural, com os ritos e sacrifícios particulares, bem como sua relação com outras questões próprias de cada cultura, tais como o calendário asteca, o sacerdócio em Roma ou o haoma iraniano do período pré-zoroastriano. Para facilitar a leitura o autor estabeleceu um conjunto de verbetes sobre sínteses mitológicas e ternos técnicos, que foram colocados próximo da primeira ocorrência ou ao final do livro.