Partindo da minha experiência de vida em que a música sempre ocupou um lugar relevante; analisando o papel que a música tem assumido na vida do Homem em todas as épocas e culturas; e constatando a incipiência, ausência ou descrença quanto à utilização da música na educação de crianças deficientes auditivas (DA), surgiu a minha preocupação: por que a música não se faz presente na vida dessas crianças? Elas são sensíveis à música? A escassa bibliografia existente e revisada a respeito desse assunto tornou evidente que a música tem sido utilizada com crianças DAs apenas como um meio para levá-las à aquisição, ou à melhora de padrões rítmicos e de entoação na fala. Considerando o DA como um Ser de possibilidades, tornou-se meu projeto apresentar a música, nas suas potencialidades, à criança DA, e ver como ela sente e reage a essa música. Portanto, parti para a experiência direta trabalhando com oito crianças DAs, de 4 anos de idade, com perdas auditivas entre moderadas e severas, que (...)