Reunião de textos de ensaio, tradução e poesia de Afonso Henriques Neto, escritos desde 1980, expondo de forma poética e lúcida, os contornos da construção do mito literário, o que põe em perspectiva a criação da palavra escrita. A somatória das experiências sensíveis pelo viés intelectual, para compor a identificação do ser, a digital do conhecimento humano. Máquinas do mito convida para a reflexão profunda, sobre os arquétipos da literatura, onde o tudo e o nada se revezam em complexa interação. “O mito está em todo lugar e, de modo paradoxal, em nenhum. A imaginação, arquiteta de mitos, preenche todos os espaços da existência humana, enquanto pertence também ao reino do impalpável, do insondável, do indizível. Parafraseando Paul Claudel, o mito refere-se ao que não se explica, mas justo por meio dele o mais recôndito abismo se torna explicável, ou ao menos tangível”.