Luciane tem no olhar um brilho inaugural. Cativante. Intrigante. Inquieta e conversadeira, é capaz de nos envolver em suas vivências ao nos contar, seja sobre a mochila perdida e reencontrada (como vocês vão ver aqui), seja sobre um menino que voltou a acreditar em si mesmo (como em seu primeiro livro). Ensinou seus filhos a amar os amigos, porque ela é assim: fiel, amorável, compradeira de briga, visitadeira de hospitais (foi me levar cartas de seus alunos quando fiquei hospitalizada em 2012). Onde estiver a amiga, o amigo, lá estará ela, estendendo seu melhor afeto. Luciane tem a infância bordada em seus olhos verdes e suas palavras coralinas, ricas de empatia e amor. Vida em caixa alta e negrito. Conhecê-la é um privilégio. Um inquietante privilégio. Um dia, depois de ler um de seus escritos, eu lhe disse: Você precisa publicar, Lu!. Ela nunca tinha olhado para si mesma como escritora, como a cronista explicitada naquele texto. Insisti. Ela demorou um (...)