a nossa realidade existencial é toda ela sensitiva. passamos por este mundo pela apreensão de tudo que nos rodeia, e, que por certo, vai nos moldando segundo o verdadeiro anseio de nossa alma, ao denotar o nosso real caminho e missão. na vida espiritual, o trajeto é feito pelo galgar nos acontecimentos diários, quer particular ou comunitário, e, que, seguramente, vamos redescobrindo pela atenção devida a tudo o que a voz de deus aí quer nos comunicar pela comunhão dos bens materiais e espirituais. abre-se, portanto, uma nova perspectiva de vigilância, já ensinada por são bento em sua regra ao exortar os seus monges à paciência e à perseverança quando escreveu: “mas, com o progresso da vida monástica e da fé, ''dilata-se o coração'', e, com inenarrável doçura de amor é percorrido o caminho dos mandamentos de deus” (rb prólogo, 49). esta mesma é um convite que se dirige a todos para a constância nos exercícios do dia-a-dia, que gradativamente vão se tornando leves pelo expandir do coração em sua livre disponibilidade. oxalá os leitores encontrem aqui pistas para isso e que essa mesma leitura seja acompanhada pela abertura de espírito.