O livro começou a ser esboçado a partir da morte da colunista de teatro Maristela Bouzas, seqüestrada, violentada e assassinada, no centro da capital baiana. É um estudo comparativo das coberturas policiais feitas pelos jornais A Tarde, Correio da Bahia e Tribuna da Bahia analisando a produção e a reprodução social da violência no cotidiano baiano. A escritora mostra a hierarquia dentro dos assuntos da mídia e coloca, em discussão, o papel das empresas jornalísticas e dos profissionais de jornalismo dentro da sociedade. Revela, também, a atmosfera de uma cidade ainda dividida entre casas-grandes e senzalas, que a autora denomina de bolhas e vãos. Enfim, é uma narrativa sobre a 'guerra de lugares' - ou a 'guerra das raças' - da sociedade brasileira.