Os usos ritualizados da bebida conhecida como “ayahuasca” saíram do âmbito das sociedades indígenas amazônicas para se fundirem, seja entre seringueiros em cultos na floresta, seja entre os vegetalistas andinos, seja em religiôes urbanas espalhadas pelo Brasil e pelo mundo. Esse é o fenômeno que o livro aborda, com um quadro ao mesmo tempo comparativo e multidisciplinar, cheio de informações e de perspectivas. Certamente suscita muitas questões de análise e interpretação, motivadas entre outras razões pelo fato de tratar em um só volume do xamamismo indígena sul-americano, das religiões criadas por seringueiros da amazônia, e do uso de plantas de poder associado a práticas terapêuticas e ao que tem sido chamado de neoxamamismo.