Este livro tem como objetivo principal analisar criticamente a formação filosófico-educacional do arte-educador, à luz da teoria crítica de Adorno e Horkheimer, em particular, a semicultura, ação comunicativa e indústria cultural, bem como, identificar a concepção filosófico-educacional que norteou a formação de arte-educadores e investigar se a filosofia da educação, na formação do arte-educador, trabalha a concepção de 'totalidade' em relação à arte, considerando-a como expressão criadora, e em suas relações sociais, políticas e econômicas. Como a pesquisa se baseou na teoria crítica, o método usado foi o dialético. A motivação para a realização da pesquisa foi a vivência de pesquisadora/educadora que se propôs a investigar como se efetiva a formação do arte-educador e qual o referencial político-filosófico e pedagógico que fundamenta a formação universitária dos futuros arte-educadores. Dentro deste contexto foi constatado que o ensino artístico nas três instituições de ensino citadas acima, apresenta uma formação uniforme, que sugere a hegemonia de uma classe dominante preocupada em manter o status quo, e que, ao ignorar as transformações ocorridas no âmbito sóciopolítico e no campo econômico-cultural e educacional, contribui para a formação de uma 'massa acrítica', sem visão da realidade social, política e educacional. Essa 'alienação' condiciona a formação de futuros arte-educadores, reprodutores da realidade, tal como ela se apresenta, impedindo que se forme um arte-educador emancipado-emancipador.