Neste início de século, marcado pelo crescente fenômeno de globalização e suas demandas de flexibilização de fronteiras econômicas, políticas e culturais, o Brasil e a América Latina patenteiam-se como modelo de heterogeneidade cultural, étnica e lingüística - valores imprescindíveis à ampliação dos circuitos comunitários transnacionais, aptos a desencadear uma nova aliança de singularidades e disponibilizar as bases utópicas para o redimensionamento de novas redes planetárias que cada vez mais requerem uma perspectiva multiidentitária. Essa perspectiva é enfatizada pela autora, Profa. Marli Fantini, neste livro 'Guimarães Rosa - Fronteiras, Margens, Passagens', como um dos projetos utópicos bem-sucedidos na grande arte do escritor mineiro que, tendo sido também diplomata de carreira, mostrou-se sempre preocupado com o destino de seu país e da América Latina.