Em “O dia do AI-5”, a novidade não está em voltar ao fato, mas na abordagem quase alegórica da forma como ele foi vivido.O leitor é levado de volta ao 13 de dezembro de 1968 – um dia aparentemente normal, que ao longo das horas revelaria o rumo que o país tomaria a partir da assinatura do Ato Institucional Nº 5.No livro, Márcio Tavares D Amaral une lirismo e humor na descrição dos fatos reais daquela Sexta-feira e das reações de suas personagens: uma geração de estudantes, militantes, heróis e loucos. Eles são tratados com a liberdade de personagens da ficção. Os acontecimentos (as perseguições, as prisões, o medo) apesar de absurdos, são reais. Nesse jogo de espelhos, não será casual que alguém se reconheça em algum momento do livro. Os personagens mostram como pagamos com a moeda do medo: