Se hoje é mais fácil imaginar o fim do mundo que o fim das forças devastadoras da vida e do planeta, nada mais urgente e difícil do que criar insurgências (mínimas e maiores) contra as ruínas do mundo, que nascem da criação de modos não convencionais de sentir, pensar e agir. A experiência poética é o operador essencial desses sopros de vida. A escrita de Vivian é um inventário poético de movimentos aberrantes. Cartografia de poemas-desvios: trama poético-clínica da emergência dos sentidos. Mapa singular das potências e limites da compreensão: queria entender o tempo, mas só se acercava de seus simulacros, de suas impossibilidades, talvez escrevendo sobre ele tudo fizesse mais sentido. Poemas-caleidoscópios: fluxo de imagens dos gestos vitais e antivitais do tempo distópico da banalização da violência e injustiça social.Poemas-manifestos: traçado inquietante das linhas de dominação e de rupturas que operam outras formas de existir. Escrita macro e micropolítica da urgência das (...)