As crianças trazem suas dores de um modo ao mesmo tempo escancarado e nublado. Suas falas, suas histórias, seu choro ou seu sorriso colocam sempre o corpo em evidente contato com seu sistema psíquico. A criança obesa, por sua vez, enfrenta na nossa modernidade o conflito diário entre o prazer oferecido pelo acesso ao que há de mais "gostoso" nos cardápios da vida; e as críticas e cobranças por não ter um corpo valorizado pelo social. O amor entra em colapso: o outro como espelho e o espelho que me mostra sem o outro. O que posso ver, então?