Este poema dramático (1516) foi escrito na época da Reforma Luterana, quando a Europa passava pelas transformações que definiriam o perfil de sua cultura para os próximos séculos. Por meio deste auto, Gil Vicente encena as convicções da Igreja de Roma diante do novo debate, compondo uma alegoria sobre o destino da alma, que, na eternidade, deverá receber a recompensa ou a punição, conforme suas escolhas na Terra. Esta edição do Auto da Barca do Inferno é a preferida por professores, alunos, críticos e leitores em geral. Sua crescente preferência deve-se ao fato de ter sido organizada por Ivan Teixeira, um dos críticos literários mais importantes do país, que escreveu o excelente prefácio desta edição. Lecionou literatura brasileira na ECA/USP, tendo se aposentado como full professor na mesma disciplina pela universidade do Texas, em Austin (EUA). Escreveu, entre outros, Mecenato Pombalino e Poesia Neoclássica (Edusp). [...]