Parece que o Candomblé, enquanto ''filosofia de vida'' (...), orienta os indivíduos em uma direção diversa dessa que, segundo Nietzsche, gera a ''imperfeição terrestre''.Para o Candomblé, o saber sobre o que é mais saboroso para o indivíduo, sobre os eventos que são benéficos para os seus intestinos, sobre as situações sociais e relações que causam danos a seu estômago, sobre o que é ''prejudicial na composição da existência'', sobre suas sensações no contato com as coisas do mundo, enfim, o saber sobre ''as coisas mais mesquinhas e usuais'' é valorizado e estimulado como objeto de cuidado e reflexão.(...) Mas, com certeza, há mais.