Numa recriação minuciosa do Rio de Janeiro durante o império, A máquina de madeira narra a história do padre brasileiro que teria inventado a máquina de escrever.Uma enorme máquina taquigráfica chega ao Rio - vinda numa embarcação do Recife - acompanhada de seu criador, o padre Francisco João de Azevedo. A máquina é uma das revoluções do século XIX. É um momento de ebulição nas ciências nacionais. Dezenas de inventores se agrupam no prédio da Exposição Universal, que receberá visita do imperador d. Pedro e de investidores do mundo todo. Nas ruas, a expectativa de um salto industrial e econômico para o Brasil. Neste romance histórico, o escritor Miguel Sanches Neto usa a trajetória do padre Azevedo, precursor da máquina de escrever e quase desconhecido entre nós, para narrar a formação da identidade de um país. Com humor e um olhar por vezes ferino, mostra um Rio de Janeiro que tenta caminhar do exótico para o moderno, um lugar onde os ventos europeus contracenam com resquícios do Brasil colônia.