Davi Angelim, um jovem que, apesar de ter um amplo conhecimento sobre a 1ª, 6ª e 7ª artes, não consegue ingressar numa universidade pública para se tornar alguém na vida, como os seus pais desejam. Durante o enredo, Davi, com o seu modo idiossincrático, realista e, ao mesmo tempo, decadente – uma espécie de personagem kafkiano mesclado com Henry Chinaski de Bukowski – retrata os paradoxos da vida humana e a luta, quase em vão, de tentar quebrar o sistema vicioso e maquinal no qual a sociedade está intrinsecamente emaranhada. Para isso ele faz uso da sua relação com a família – que não é a das melhores, principalmente com o pai – e pessoas próximas. No fim, fica a percepção que, por mais que você lute, se não sabe quais armas utilizar, você vai sair derrotado. Luiz Domingos Lins da Silva (Servidor Público Graduado em Letras-Língua Portuguesa)