Bohr foi um gigante intelectual do século XX, reunindo ao mesmo tempo as qualidades de um físico excepcional e um refinado filósofo da natureza. Esta segunda face de Bohr é em grande extensão reconhecida por aqueles que se debruçam mais amiúde sobre sua obra; no entanto, ela é mais profunda do que abrangente. Em linhas muito gerais, Bohr empreendeu um itinerário epistemológico dos mais refinados que se poderia conceber, sendo seu princípio de complementaridade o achado mais evidente.