A estupidez manifesta-se em todos os estratos sociais, em todos os seres humanos, em todas as épocas. Daí resulta que qualquer estudo sobre a estupidez assume automaticamente dimensões enciclopédicas. O verdadeiro enciclopedista simplifica os temas, afasta as contradições e sistematiza os tópicos com punho de ferro. O seu trabalho ajuda os pobres de espírito. A Enciclopédia da Estupidez, pelo contrário, proporciona um espaço amplo para a informação antagónica e a crítica. Por um lado, esta enciclopédia inclui análises etimológicas, estudos do fenómeno e da teoria da estupidez; por outro, tenta desenvolver um método para expor a estupidez do nosso pensamento. O objectivo é forjar uma teoria individual que, no melhor dos casos, propicie uma linha original de abordagem a fenómenos que dispensem explicação.