O leitor encontrará aqui duas determinações: por um lado, uma crítica ideológica que incide sobre a linguagem da chamada cultura de massa; por outro, uma primeira desmontagem semiológica desta linguagem: eu acabava de ler Saussure e daí tirei a convicção de que tratando as “representações colectivas” como sistemas de signos era possível esperar sair da denúncia piedosa e dar conta nas suas minúcias da mistificação que transforma a cultura pequeno-burguesa numa natureza universal.«O leitor encontrará aqui duas determinações: por um lado, uma crítica ideológica que incide sobre a linguagem da chamada cultura de massa; por outro, uma primeira desmontagem semiológica desta linguagem: eu acabava de ler Saussure e daí tirei a convicção de que tratando as “representações coletivas” como sistemas de signos era possível esperar sair da denúncia piedosa e dar conta nas suas minúcias da mistificação que transforma a cultura pequeno-burguesa numa natureza universal.» - R. B.