A escolha pela militância é um ato de amor e indignação. Amor àqueles com quem convivemos, mas também a quem sequer conhecemos, através da identificação com seu sofrimento. A capacidade de sentir a dor do outro como se fosse nossa, de quebrar as barreiras da indiferença é o ponto de partida da escolha militante. E ela vem cheia de indignação contra quem faz sofrer e, sobretudo, contra o sistema que institucionaliza o sofrimento e a humilhação. Essas duas capacidades, a de sentir a dor do outro e a de se indignar, são as grandes fortalezas emocionais do militante socialista. - Guilherme Boulos, autor do livro Sem medo do futuro e Por que ocupamos? Eu sonho com o dia em que as pessoas entendam que existe uma luta de classes neste país, e que as Ocupações do MTST vêm para ajudar a lutar pelos direitos que foram arrancados, como o direito à moradia digna. Eu queria muito que as pessoas começassem a enxergar e a entender que cada barraco de uma ocupação é um sonho, é uma esperança.