A ideia de ser um cético é comum nos dias de hoje. Mas exatamente o que significa ser um cético e onde essa ideia surgiu? O livro A narrativa neopirrônica: o ceticismo filosófico hoje a partir de Porchat e Fogelin tem o objetivo de apresentar uma resposta para estas duas questões do ponto de vista da História da Filosofia. A origem do ceticismo filosófico foi na Antiguidade Clássica nas mãos de pensadores como Pirro, Enesidemo, Agripa e especialmente Sexto Empírico. O livro começa por apresentar esse movimento de inauguração do ceticismo, se concentrando em Sexto Empírico com o chamado Ceticismo Pirrônico e suas ideias de suspensão do juízo, fenômeno e critérios práticos para a vida. A partir de Sexto Empírico são apresentados dois céticos neopirrônicos: Robert Fogelin e Oswaldo Porchat. Porchat é um filósofo Brasileiro e foi decisivo na formação da tradição em pesquisa em ceticismo no Brasil. Seu livro mais importante, Rumo ao ceticismo, é um retrato de suas reflexões durante quase meio século. Porchat começa sua reflexão como um forte opositor ao ceticismo, mas acaba por se tornar o seu maior represente brasileiro. Fogelin é um filósofo Norte-Americano que publicou mais de uma dezena de livros e se apresenta como a maior fonte de ceticismo neopirrônico nos Estados Unidos, especialmente devido ao seu livro Pyhrronian Reflections on Knowledge and Justification. Sua obra versa sobre os impactos do ceticismo em nossa ideia de conhecer de modo absoluto. Fogelin é também um importante intérprete das obras de David Hume e Ludwig Wittgenstein.