Ancorada na articulação entre ciências da saúde e ciências sociais em saúde, esta coletânea oferece uma visão interdisciplinar que associa diferentes olhares sobre a modernização do Porto de Santos e suas consequências para a saúde dos trabalhadores. Dando-lhes voz, investiga-se como o processo de modernização do porto e a nova gestão do trabalho portuário os atingiu. As inovações, ocorridas sobretudo na década de 1990, incluídas num projeto maior de inserção do país em uma economia globalizada, implicaram mudanças nas formas de organização e nos processos de trabalho, identidades, formas de sociabilidade e valores dos trabalhadores portuários, também repercutindo em suas experiências fisiológicas, orgânicas e simbólicas de saúde, adoecimento e cuidados.